A sociedade do conhecimento é
marcada pela inovação que constantemente parece estar a acontecer. Vivem-se
tempos de mudança marcados pela globalização e pela economia baseada no conhecimento.
A União Europeia reconhece que
a economia baseada no conhecimento só avança com o contributo e importância da
educação e da formação no reforço das habilitações das pessoas. Neste sentido,
o Conselho Europeu refletiu sobre a questão da educação e da formação e na
Estratégia de Lisboa, apresentada em março de 2000, traça o rumo para a
conquista do objetivo educacional na primeira década do seculo XXI na U.E.
APRENDIZAGEM
AO LONGO DA VIDA
O Parlamento e o Conselho
Europeu reconhecem que para fazer face a este tempo de mudança urge apostar nas
pessoas e na área da educação e da formação, privilegiando o princípio
orientador da aprendizagem ao longo da vida (desde a pré-escola à pós-reforma).
«A aprendizagem ao longo da vida implica a construção de saberes estruturantes que
permitam continuar a realizar aprendizagens durante todo o percurso de vida.
Esses saberes, resultantes da integração de conhecimentos e capacidades de
diferente natureza (quadros analíticos, saberes disciplinares, variáveis de contexto,
saberes experienciais)» (Dias,2006:52)[1] são competências-chave,
que deverão ser diversificados de modo a fazer face à complexidade da sociedade
do conhecimento.
MAIS
RESPONSABILIDADES DOS SISTEMAS DE EDUCAÇÃO E
FORMAÇÃO
A sociedade do conhecimento exige
atualizações constantes de saber de conhecimento pelo que traz implicações para
a organização e responsabilidades do sistema de educação e de formação, o qual
se vê obrigado a adaptar-se face às exigências da sociedade e da economia
baseada no conhecimento.
A sociedade do conhecimento
exige dos sistemas educativo e formativo mais responsabilidades e mais
objetivos do que outrora quando o mais importante daqueles sistemas era a
preparação dos jovens para a entrada no mercado de trabalho. Hoje, pede-se e
espera-se do sistema educativo que proporcione a formação/desenvolvimento
holístico: o pleno desenvolvimento pessoal de cada um, a preparação para o
mercado de trabalho, para a integração na vida social, para a coesão social e
para a o exercício de uma cidadania ativa e responsável que contribua para a
edificação de uma sociedade democrática.
Na Europa dominada pela união
de diferentes países, com culturas e línguas diferentes, o sistema educativo e
de formação deve educar para a diversidade, para a prevenção da xenofobia, do
racismo, para a promoção da coesão social, da tolerância e do respeito pelos
direitos humanos.
[1] Dias,
Marina (2006), “A educação pública portuguesa, a sociedade do conhecimento e os
desafios do contexto europeu” in Noesis nº
66 de 22/6/2006 consultado em www.dgidc.min-edu.pt/data/dgidc/Revista.../reflexao_accao66.pdf acedido em 9/12/2014.
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