O sistema educativo dependendo da articulação
entre os seus vários níveis de decisão pode ir mudando e alterando os seus
princípios organizadores e vetores.
Os vetores indicam o caminho a seguir. Resultam
da análise de fatores estruturantes da sociedade. Os vetores podem ser:
seletividade (definir as condições de acesso a um curso ou ciclo de estudos),
homogeneidade (decidir sobre a homogeneidade e heterogeneidade) e a
funcionalidade (as razões de ser do curso). Destes vetores resultam princípios
como o da gratuitidade, da universalidade, da obrigatoriedade, da
diferenciação, da utilidade, da flexibilidade, da adaptabilidade, etc.
Tipologias de modelos de sistema educativo:
Modelo
escandinavo – domina o vetor da seletividade e o
princípio da igualdade de oportunidade. Dar a todas as crianças no mais longo
de tempo possível as mesmas oportunidades para se desenvolverem.
Modelo
anglo-saxónico - domina o princípio da diferenciação e da
flexibilização. Assenta em tutorias ensino individualizado, em “fases” e não em
classes. O objetivo é o desenvolvimento da criança.
Modelo
germânico – assenta no vetor da funcionalidade, do princípio da
utilidade, da continuidade e da adaptabilidade. Aposta o mais cedo possível na
escolha de vias profissionalizantes, desde cedo há a orientação da via a
seguir. Pretende favorecer a entrada na via profissional e social do aluno. Há
interação do sistema educativo com o económico.
Modelo
latino-mediterrânico – valoriza o vetor da homogeneidade. Há um
tronco comum para dar respostas sociais, assenta em normativos legais. Assenta
no confronto entre princípio da generalidade e da especialização, dando mais
ênfase a este último. Alimenta um conflito entre a sociedade empregadora e a sociedade
em geral.
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